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segunda-feira, 22 de março de 2010

Tem gente que acha o Orlando Bloom feio

    As pessoas aprendem no decorrer da vida a distinguir o que é bom do que é ruim. Mas nem sempre as opiniões entram em sintonia. Assim começa uma discussão infinita. Porque algumas coisas na vida não se discutem: religião, política, futebol... E gosto.
    Na edição do dia dez de fevereiro da revista “Veja” veio escrito: “Sua música é tão vulgar quanto o cifrão que ela pôs no meio do nome”. A música citada no texto é “Tik Tok” da cantora Ke$ha, que já alcançou o topo das paradas de discos americana, Os números,às vezes falam mais que as palavras e 152.000 é um número muito alto para uma música ruim .
   O mau gosto é uma coisa relativa e algumas pessoas demoram a entender isso. Quem tem o direito de julgar um ricaço que comprou uma obra do inglês Damien Hirst?Como alguém pode criticar “O Símbolo Perdido” de Dan Brown e gostar de “Crepúsculo” da escritora Meyer? É lamentável, mas cada pessoa gasta seu dinheiro como quiser seja com um tubarão morto ou com um Best-seller.
   O gosto não tem um padrão lógico, não possui provas. Isso foi mais ou menos o que a escritora e critica americana Susan Sontag disse em um ensaio dos anos 60. O belo e o feio, o sutil e o grosseiro dependem muito de quem julga. E julgar é um trabalho dificil destinado a bons juízes. É preciso saber que não importa o quanto uma coisa lhe agrada, algumas pessoas simplesmente não gostam. Se todo mundo aprender a julgar, pelo menos sobre uma coisa ninguém vai discutir. Afinal, gosto não se discuti, lamentasse.