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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sem titulo (parte II)

Teu amor é puro deletério
E, livre se culpa, toma o coração meu
Que se enche de desespero
Por saber que é mais sensato o teu

Não segues o estúpido caminho, e doloroso
Perceber-se a si amando sozinho.

Hei de clamar que o desejo que me assalta
Envolva-o na teia onde vive meu nome
Mas bradarei em silêncio, resignada
E em vão, porque tão pouco será minha
Tua livre alma...

E enquanto minh'alma mantém-se
Nesse doce veneno impregnada
Me levando de volta para o encantador inferno
Guardo em minha mente
A pergunta que me condena ao entendimento

O que há em meu coração que parece morrer
A cada vislumbre d'alma tua?
Que mesmo devastado
promete ser feliz na cura?