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domingo, 1 de agosto de 2010

5 – Sonho bom, sonho meu

- Certo, não precisa me chamar de doida, mamãe já faz isso com muita frequencia...
- Bia, é que não dá - Rafa não queria rir dá situação, mas ver a amiga chorando era meio não, era muito engraçado - Primeiro tu choras porque julho não acaba, e agora que está no ultimo dia tu fica se derramando em lagrimas
- É que ... que...
- Eu sei , eu sei - Rafa abraçou a amiga dando leves tapinhas nas costas - para de chorar, poxa, a gente pode ir na praça - ela arrumou a amiga na cadeira de forma que pudesse olhar nos olhos dela - hoje é domingo...
- NÃO - Bia correu e se jogou na cama - Rafa, tu pode ir embora agora, por favor?!
- Claro que não! fiquei preocupada...
- Quero dormir, só!
- Então beleza - ela vai embora com um dar de ombros.


O céu está azul tão claro, brilhante, profundo, a grama está verdinha, e cheira a orvalho e calma, de repente um estalo. Não, não, não era um tiro, ela correu tentando encontrar a fonte do barulho. De repente um boné NY, deixando escapar delicados cachos escuros, um brilho do sorriso espontâneo e contagiante... Ela riu também. Ele estava dançando e a desafiou com o olhar, ou pelo menos foi o que ela pensou. Quando ela tentou se aproximar ela ouviu um sussurro que aumentava enquanto o azul, o verde desapareciam “ Bia...”, porém em um ultimo vislumbre ela o viu com o uniforme da sua escola “Bia...” , ele piscou e sumiu ...
- Bia acorda! Tua mãe pediu pra eu vir falar contigo – Rafa falou receosa e envergonhada, ela sabia que a amiga não gostava que a acordassem - ela quer que tu saias que tu vás pra praça comigo...
- Claro! Em um minuto...
Bia correu para o banheiro com um sorrio largo e bobo estampado no rosto, tão cheio de esperança e de alegria que deixou Rafa atordoada.

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