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quarta-feira, 21 de julho de 2010

3 - Idas e vindas por meias voltas

observação!
desculpa gente, estava com sono, sem imaginação e no msn enquanto escrevia o resultado foi isso...  

A vida está chata?!Julho é sempre o pior mês da sua vida?!Mude. Quer fazer uma coisa agora?!Pegue o dinheiro de uma passagem de ônibus.
Foi bem divertido...
Já tinha chegado a segunda semana de um mês que parecia não acabar, eu estava meio que cansado de dormir, comer e dormir,ver um filme sem graça e dormir mais um pouco. Aí tive a brilhante idéia.
Foi assim... Minha mãe, meu pai e qualquer pessoa nesse mundo que me quer vivo sempre me avisavam "nunca pegue aquela coisa minúscula que é o 317, é aventura demais pra qualquer pessoa que não leve consigo uma Mauser”. Eu, como não sou uma pessoa normal, estava procurando muita aventura. Mas eu não tinha o diabo da pistola, só tinha um real.
Calma, não sou e nem nunca fui louco - não muito - sai de casa com minha sandália com solado de pneu, minha carteirinha de meia passagem, minha única moeda, e com a cara... Sem muita coragem.

Mas a coragem foi crescendo à medida que o ônibus andava, porque eu fui vendo - e eu adoro admitir isso - que tudo que minha mãe, meu pai e aquele povo todo diziam era exagero. Não tirei o olho da janela, vi pessoas, vi arvores, vi casas, vi um mundo desconhecido, bonito e às vezes impactante, teve momentos inclusive que a taxa de coragem ficou menor que a do meu irmão mais novo... E ele ainda nem nasceu. A hora mais assustadora foi quando o ônibus já estava fazendo caminho de volta e um carinha de bermuda, camiseta, sandália de plástico, cordão de aço com um pingente do SuperPop e bigodinho louro subiu no ônibus. Eu não sei em outros lugares, mas aqui isso só quer dizer uma coisa...
Eu não tinha nada pra que alguém me tirasse e  eu não fiquei com medo disso. O problema era que ele ficava me encarando, como se eu fosse a pessoa mais rica naquele ônibus, como se eu fosse a única pessoa naquele ônibus, sabe?! Como se ele quisesse alguma coisa. Depois de duas paradas conclui que era só minha imaginação, até o momento que ele se aproximou, me encarou... Sorriu e me deu um cartão com telefone, além de uma piscadela sobre os ombros antes de descer. Eu achei aquilo tudo engraçado e assustador demais para mim, eu preferia ter cara de rico, a ter cara menina. Cheguei em casa inteiro e não me arrependi da viagem, é ,inclusive, um passeio que eu recomendo. Pensem bem! Nada pra fazer em casa, a possibilidade de conhecer lugares inimagináveis pela cidade e a chance única de encontrar um admirador que eu até admiraria também se não fosse a falta de algumas coisas,e presença de outras.      


mais uma vez perdão!

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